Foi um periodista, médico, teórico político e revolucionário francês. Os inícios da sua atividade produziram-se ao contato com a obra de Proudhon e outros anarquistas, mas o contato com Marx (casando com a sua filha Laura) foi determinante para abandonar progressivamente o anarquismo. Na sua obra mais conhecida, O direito à preguiça, emprega o paradoxo como figura retórica para explicar o marxismo entre a classe operária da época: defende que o trabalho é resultado de uma imposição do capitalismo, contrariamente à tradição das reivindicações operárias, e contrapõe-no aos direitos da preguiça, mais próximos dos instintos humanos e como via a atingir os direitos de bem-estar. Nessa linha é que Lafargue critica o sobreconsumo, e a exploração dos trabalhadores, especialmente no que atinge às jornadas laborais: de facto, apontava já as melhoras realizadas na Inglaterra e nos EUA mediante o maquinismo, ao que reconhecia também a capacidade de gerar mais desemprego e mais miséria.
Paul Lafargue
Foi um periodista, médico, teórico político e revolucionário francês. Os inícios da sua atividade produziram-se ao contato com a obra de Proudhon e outros anarquistas, mas o contato com Marx (casando com a sua filha Laura) foi determinante para abandonar progressivamente o anarquismo. Na sua obra mais conhecida, O direito à preguiça, emprega o paradoxo como figura retórica para explicar o marxismo entre a classe operária da época: defende que o trabalho é resultado de uma imposição do capitalismo, contrariamente à tradição das reivindicações operárias, e contrapõe-no aos direitos da preguiça, mais próximos dos instintos humanos e como via a atingir os direitos de bem-estar. Nessa linha é que Lafargue critica o sobreconsumo, e a exploração dos trabalhadores, especialmente no que atinge às jornadas laborais: de facto, apontava já as melhoras realizadas na Inglaterra e nos EUA mediante o maquinismo, ao que reconhecia também a capacidade de gerar mais desemprego e mais miséria.