NOVIDADES ›››

Whitman | Ao partir da Paumanok Lafargue | O direito à preguiça Black | A alegria da revoluçãoZerzan | Da miséria ao primitivo

Bob Black

(Detroit, EUA, 04.01.1951 – )

Anarquista estado-unidense conhecido pelas suas ideias críticas baseadas na sociedade do trabalho entendido como sacrifício em nome da produção. É associado à corrente do anarquismo pós-esquerdista. Em A abolição do trabalho recupera ideias de revolucionários e utopistas como Charles Fourier, William Morris, Paul Goodman, Marshall Sahlins ou Paul Lafargue, argumentando contra a subordinação da vida das pessoas ao esquema de trabalho capitalista. Embora a sua crítica do capitalismo e do liberalismo capitalista, criticou também as práticas marxistas de socialismo de Estado pelo seu mantimento da lógica produtivista que também obriga a humanidade a trabalhar (aqui, para o Estado), e critica também a glorificação do operário sob a lógica socialista-comunista. Para Black, pois, o conceito de trabalho espreme-se como atividade produtiva compulsiva posta em prática para favorecer interesses económicos e políticos. A compulsão do trabalho realiza-se mediante meios disciplinares cada vez mais subtis, cujo correlato é o aumento da rigidez dos indivíduos, incapacitados em diante para as relações interpessoais e as atividades realizadoras da própria pessoa. Para Black, a revolução humana deveria ir à recuperação do tempo que na altura é investido no trabalho para dirigi-lo às tarefas realmente úteis mediante uma nova classe de trabalho, não alienado e não compulsivo: o jogo ou o lúdico. Aí inicia Black o conceito de economia do agasalho como contraposição às imposições do capitalismo consumista, que obriga também a uma estruturação determinada e negativa da sociedade, deitada para os propósitos do comércio e do controlo social como modo a manter o sistema de trabalho.


Obras na EH: 
A abolição do trabalho